sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Pois bem.

Eu sinto falta de um passado não tão distante, de um abraço que nunca tive, de um beijo que nunca tive, de um toque que nunca tive.
Sinto falta daqueles dias em que um 'tchau', por mais que fosse breve, não era um tchau curto do tipo apenas 'tchau'.
Pois agora...
É um simples 'tchau', às vezes sem explicação, às vezes por tudo ter ido por esse caminho, não sei.
Eu sinto falta das horas de conversa, das horas de risadas, e das palavras ditas e pronunciadas.
Pois agora que se afastou, meu coração assim se acostumou.
A dar amor sem o receber.
Entreguei meu coração, naqueles tempos, tentei fazer as coisas ficarem bem, tentei parecer normal, agir normalmente, mas eu não poderia negar o presente, o que estava acontecendo.
Você se afastava cada vez mais, e quanto mais eu tentava, mais eu me decepcionava, pois já não dependia de mim.
Eu lhe perguntava o porquê, lhe perguntava o que estava acontecendo, mas não respondias, me ignoravas, ou, se respondias, dizias coisas sem sentido.
Meu coração começou a doer, como se eu tivesse entregado meu coração em vão.
Como se tivesse acabado de ouvir aquele tão terrível 'não'. Não sei...
Me senti mais perdida que nunca, eu não sabia o que fazer.
Então, eu comecei a acostumar-me, a mudar também, a guardar aquele amor todo que costumava lhe dar, em mim.
Tudo ficou mais diferente ainda.
Eu fiquei fria, quieta, com raiva, quebrada em pedaços, mas ainda sim, viva...
Todo aquele amor que eu sentia ainda estava alí.

Então, quando pediu-me perdão, lhe perdoei.
Mas fui tola de mais ao dizer: "Ok, tudo bem!"
Foi sempre assim, na base dos 'tudo bem'.

Outra coisa que sempre aguentei foram as brincadeiras e provocações...
Tive de engoli-las. De aceitá-las...
Tive que ter ciúmes e mais ciúmes, e ter mais insegurança que nunca...
Do jeito que sou, a cada provocação, minha insegurança maior ficara.

Sem contar que algo me dizia que fazias brincadeiras com amigos(as)...
Só de imaginar... Dói.

E até então, eu soube, não importa como, que realmente houve brincadeiras com amigos(as)...

Isso machucou-me muito.
Ficou cicatrizado, só de lembrar, de pensar... Dói, e aconteceu. Não posso apagar isso, é verdade. Talvez eu nem queira apagar isso, quero que fique marcado para mim aprender a deixar de ser tão boba.

Isso será uma lição.

E quando vi uma das brincadeiras que fez, meu coração parou de bater de vez.
Eu pensava:

"Enquanto eu estou aqui, sofrendo, querendo que tudo fique bem, você estáva lá, brincando, do tipo de brincadeira de mal gosto e das quais sempre soube que nunca gostei." E isso me deixava mais raivosa e mais em pedaços.

Deveria eu acreditar nas cartas ou no que vi?
E era noite, sobrecarregada de pensamentos ruins, e de coisas que realmente vi, e que não era uma de minhas "paranóias", preparando-me para infrentar mais uma noite ruim.

Tudo isso machuchou-me.

E nos dias que esteve "ausente" e que ao invés de, além da distância, tentar se aproximar, distânciava-se cada vez mais.
Eu sempre lhe perdoei. E então... lá estáva você comentendo o mesmo erro novamente.
Eu também cometi erros, mas, tentei não os cometer novamente.
Mas, era demais, para mim.
Conheci algumas pessoas e mudei também. E enquanto elas me davam palavras, me davam tudo o que você parou de me dar... você estava tão longe de mim em todos os sentidos! Sim, estava.
Eu ganhei um pouco de carinho, o que eu estava precisando.

Não tenho culpa, até então, você distânciou-se.

No dia seguinte, era a hora de dar um basta.
Eu iria terminar.

Tinha certeza.

Eu não conseguia aguentar mais.
Eu estava ciente de tudo, nada parecia mais ter sentido naquilo. Não tinha mais o porquê de continuar, pois afinal, de que adianta amar e não ser amado? De dar teu coração pra alguém e esse alguém o quebrar em pedaços?

Depois, resolvi lhe dar mais uma chance. Mas, você não pareceu ser mais a mesma pessoa, aliás, faz tempo que não és mais a mesma pessoa. E eu "não sei" mais o que eram aqueles momentos em que eu ganhava o teu carinho.

Pois faz tanto tempo que eu "perdi" você.

Eu queria os velhos tempos, velhos esses que não se tem mais.
Aqueles tempos em que sentiamos e nos sentiamos, pois agora, isso parece não acontecer mais.

E agora tentar ser a mesma que fui tempos atrás.
Pois a frieza tomou conta, a insegurança tomou conta... E agora não consigo ser segura, tanto é que às vezes não me sinto mais tua.

Me diga que não lhe perdi, que todo aquele amor não acabou assim.

...