quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Break up

"Chegou a minha vez de partir um coração.

Tudo estava indo para caminhos diferentes, uma cada vez mais distante da outra.
Eu não sabia o que estava por vir, não sabia nem o que estava acontecendo... o presente.
Mas a única coisa que tive certeza foi o passado, os dias que tivemos e que não temos mais, as conversas que tinhamos e que já não temos mais.
Tudo, tudo, estava mudando, e "se afastando".
Eu sinceramente não sabia o que fazer, não pareciamos estar mais juntas.
Eu errei bastante, ambas erramos. Brigas... Eu realmente a estava perdendo, mesmo.
Mas era difícil pois a amava demais, amava os dias atrás que talvez não iriam voltar nunca mais.

E então, acabou.
E o fato de não conseguir falar mais nada, por enquanto, já dá para se ter uma ideia do quão ruim foi."

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Se chama tempo...

Eu estou por um fio.
Um fio de perder as coisas que mais amo.
Sou idiota o bastante por ter chegado até aqui, pois eu sabia de meu erro e continuei assim.
Talvez seja hora de dar um tempo pra tudo e pra mim mesma.
Não conseguia mais controlar meu medo, deixei ele me dominar.
Oh, essa insegurança que me faz ter medo de perder quem amo.
Tudo está se afastando aos poucos.
Tudo vai mudar aos poucos.
Eu vou também.
Mas eu espero que até lá eu não perca ninguém.
'Não precisa se afastar, eu me afastarei, lhe pouparei por um tempo, ou pra sempre, se quiseres, talvez.'

Lá vou eu, arrumar minhas coisas e viajar.
Não pergunte para onde pois nem eu sei... Ainda.
Meu coração me guiará.
É, eu preciso de tempo.
Tempo é o que eu preciso.

end.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Nothing at all

Brian viveu solitário por muito tempo, e a cada dia que passava ele se acostumava.
Pensativo, sempre analisando a forma em como as pessoas que não eram solitárias, no qual ele considerava 'felizes', viviam. Fotos do passado ele guardou na gaveta.
Romances passados guardou em sua memória. Saudade ele sentia todos os dias.
No dia 18 de abril ele conheceu uma garota que se chamara Lila.
Ela não possuia tantos amigos, mas também não era tão solitária. Não sentia-se sozinha, mas necessitava de verdadeiras companias.
Com o tempo, conheciam, cada vez mais, um ao outro.
Brian sempre procurava ouvir Lila, sempre ficava do lado dela, a apoiava, e Lila o considerava um grande amigo.
É, bem... Ela queria apenas a sua amizade.
Brian sabia que ela não era apaixonada por ninguém.
Depois de quase um ano de amizade ele sentiu que sentia muito mais que amizade, e sentia-se perdido por saber que ela não sentia o mesmo.
Eles conversavam todos os dias, riam, brincavam, um consolava ao outro e assim vai...
Brian ouvia uma música com uma letra de amor e já lembrava de Lila. Quando falava de amor platônico ele chorava, chorava nos cantos de seu quarto, sozinho, e botava tudo pra fora, bem, quase tudo e quando via Lila, desfarçava muito bem.
Lila comentava sobre alguns garotos e ele ouvia, a "apoiava", mas no fundo, no fundo, ele queria gritar, mostrar, de alguma forma, que era ele quem ela tinha que notar, que era ele quem a amava, que era ele que se importava realmente com ela, que não seria capaz de ferí-la, que era ele que sentia algo tão puro e verdadeiro por ela, mas, ele não conseguia dizer.
Houve dias em que perdeu a fome, nada fazia sentido, ele mal conseguia fazer algo.
Até ver ela.
Quando ele a via, seu mundo sorria. Ele sentia-se bem, apesar dos apesares, o sorriso dela animava seu dia, e era tudo que fazia sentido, seu olhar era como se mostrasse a direção para Brian, como se ela fosse, e era, a motivação dele para continuar.
Quando a abraçava, abraçava forte, como se fosse a única chance que ele tinha de poder tê-la, de poder sentí-la.

Houve uma vez em que;
Estava anoitecendo, Brian e Lila haviam pegado um táxi, após terem saído de um pequeno show em um bar de esquina. O famoso bar do Carl, onde faziam covers incríveis, novos talentos que eram bem melhores do que muitos famosos que existiam e vendiam milhares de discos.
Então, como ia dizendo...
Saíram dali, pegaram o táxi e Lila dormiu no colo de Brian.
Brian acariciou Lila, deu um beijo no rosto e tocou sua mão.
Sentiu-se tão bem, mas tão bem... Que não trocava aquele momento por absolutamente nada.

Essa vez foi o mais perto que Brian chegou perto de poder sentir Lila.

Lila não sente o mesmo, ele pensava e repetia isso todas as noites.
Ficou assim durante meses e meses, e tudo ficava mais forte, cada vez mais claro, cada vez mais intenso e cada vez mais difícil de se esconder.

Completara um ano de uma amizade forte e verdadeira.
Brian sentiu que talvez estivesse na hora de contar, na hora de botar tudo pra fora, de acabar de uma vez por todas com esse segredo, e era a única saída que ele via, aliás, a única saída que ele conseguia escolher.

Uma semana depois de completar um ano de amizade, Brian conta à Lila.
Lila fica em choque, sente-se mal, sem saber o que fazer, sem saber o que dizer...
Ele já não esperava por mais nada, mas não queria perdê-la.
Ela nunca notou tal fato, nunca imaginou que Brian, seu melhor amigo, a amava demais, e sentia algo muito mais forte que uma grande amizade...
Bem, os dias passavam-se e Lila percebia que tudo, agora, fazia sentido.
Ela só tinha medo de machucá-lo, e pensava que estava o machucando por não sentir o mesmo.

Completando-se quase um mês após ela saber, ela decide fugir, mas, deixar ao menos uma carta agradecendo e dizendo que ele era o melhor amigo do mundo, e que ele à fez um bem que ela nunca pensou que ele poderia fazer. E que ele era importante, e que não queria o machucar mais e mais.

Então, numa noite de abril 26, ela decidiu enviar a carta, colocando-a na janela de Brian.
Fugiu, mudou-se para a casa de sua avó, arrumando suas roupas e colocando-as numa pequena maleta. Sua avó morava numa cidade não tão perto dali.
O vazio e a dor tomara conta de seu coração.
Ela dizia ser temporário para ela mesma, mas na verdade, não sabia de nada mais.

Brian levantou-se, sentia algo diferente, então, olhou em direção à janela

A dor era muito maior, bem mais intensa do que não tê-la por 'compromisso'.
Pois, perdê-la sem saber por quanto tempo, por onde anda, e se irá voltar, era como a morte, mas ao contrário da morte, permanecia no corpo, teria que continuar a se mover, e a seguir em frente.

Dois anos depois...

Lila volta, Brian estava numa festa, completando seu 3º mês de namoro junto à namorada e amigos.
Lila pergunta sobre ele para o pessoal que o conhecia, e que a conhecia, e ao saber da notícia tomou um susto.
Dessa vez, ela voltou pra ficar... Com ele.

Então, aí, ela decidiu voltar pra casa da avó e morar lá "pra sempre", isto é, não querendo mais voltar para onde morava seus pais e Brian.

Culpava-se por ter tido a oportunidade, por ter o machucado, por o ter deixado, e por não ter sentido o mesmo na hora certa.

Brian nunca soube de sua volta, mas sempre lembrara de seu primeiro amor.
Ela decide o declarar como passado, e o presente, seguir e viver uma nova vida, novamente.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Princess and Princess.

Um conto de fadas?
Talvez sim, talvez não.

O fato é que… Esse conto não tem um final feliz.

A história do mundo sujo que vivemos, e que hoje

diminuiu, mas ainda há a poluição do preconceito.
Dois corações que formam uma só alma, um só

espírito... Um amor proibido.

Ela morava do outro lado da cidade.
Eu ficava ansiosa para vê-la todos os dias, poder

abraçá-la, beijá-la, tocá-la...
Mas tínhamos que nos esconder, nossos pais nos

matariam se nos vissem de mão dadas ou algo do

tipo.
Ela morava num enorme castelo, ao menos, para mim

era muito aconchegante.
Eu a visitava e era conhecida por seus pais como

apenas sua amiga.
Ela me mostrava seu enorme castelo, e eu me perdia,

mas, ao mesmo tempo, me encantava ao ouvir sua

voz, dando-me explicação e guiando-me.
Todas as noites, quando eu não estava com ela, ou

era pega de surpresa por sua visita nas madrugadas,

ou dormia feliz, sabendo que no dia seguinte iria

vê-la.
Colocávamos travesseiros por de baixo das cobertas,

fazendo com que a desconfiança de nossos pais

abaixasse.
Saímos em direção à floresta e passávamos o tempo

lá.
Muito tempo...
Trocávamos cartas, bilhetes, presentes...
Até que uma vez eu acordei tão convencida de que a

veria que não a vi.
Ela havia me deixado uma carta, e nela continha;
“Bem, acabo de receber a notícia de que terei que

viajar com meus pais à negócios.
Que triste, queria passar minha tarde com você,

novamente, meu amor.
Eu não quis te acordar, que fique claro, pois estavas

tão linda dormindo. Eu acariciava-te e sorria.
Tu és linda até quando dormes.
Segurei tuas mãos, por bastante tempo, até cheguei a

ler a carta para você...
Não sei quando voltarei, mas, creio que será logo.
Durante minha ausência, quero que cuide-se e que

fique bem.
E saibas que lhe amo muito.

P.S:
Você sabe quem.”

Eu fiquei um pouco desanimada, mas, ela iria voltar

logo, isso que importava.
Tive uma tarde entediante, fui à floresta, peguei

gravetos e os tocava na água, sem sentido, sem ter

um por quê.
Pude ver o reflexo de seu rosto na água...
Pude sentir seu toque, mas ela não estava ali.

Duas semanas depois...

Ela volta, marca de se encontrar comigo.
Eu a vi, fiquei feliz, passamos aquele fim de tarde

juntas, depois, eu iria levá-la de volta para seu

grande castelo.
Beijávamos-nos com voracidade.
Sua boca era irresistível, eu confesso.
Mas, seus pais viram.
Não falaram nada, nem sequer os vimos.
Mas o desgosto de seu pai estava claro em sua face,

segundo o narrador.
E sua mãe ficou em choque, novamente, segundo o

narrador.

Saíram dali, e esperaram sua filha voltar pra casa.
Ela levou uma bronca muito grande.
Ficou proibida de ver-me.
Sem cartas, sem olhares, sem bilhetes, sem

presentes, sem contato algum.
Lembro-me, pois ela colocou na última carta, mas

contou poucas coisas, então, eu não sabia

exatamente o porquê ela havia se afastado de mim,

mas enfim...
Um castigo injusto, minha amada levou.
Como não gosto de injustiça, ainda mais com quem

amo, compareci ao seu castelo, mesmo sem saber o

porquê.
Perdi-me, esbarrei-me num guarda com olhos

arregalados, eu apenas sorri, adorava senso de

humor nessas horas.
Ele só me olhou com uma cara de rejeição, eu segui.
E ele também.
Fiz caretas pra ele, enquanto estava de costas.
Ele olhou pra mim, e eu, rápidamente, me virei e fui

andando, dando passos muito rápidos.
Cheguei ao imenso portão e perguntei por minha

amada.
Perguntaram-me quem era, e eu respondi...
E minutos depois, disseram-me que eu não poderia

mais falar com ela.
Eu fiquei pensando o porquê ela não queria mais me

ver, se ela havia encontrando outra ou um outro

alguém.
Saí dali, mas com esperanças, não sei por quê.
Ficou assim por dias...
Eu sempre ia lá, e voltava sem a resposta.
Até que cinco meses depois, não agüentava-me de

saudade.
Depois de mais dois dias, resolvi tentar novamente,

mas dessa vez, nem que eu fizesse um escândalo...
Enfim.
Eu decidi voltar lá e saber o que estava se passando.
Eu a vi, ela veio correndo em minha direção, mas os

guardas colocaram suas espadas formando assim,

uma barreira entre nós duas.
Ela conseguiu segurar minha mão forte, e disse-me:

“Eles sabem, e foi por isso que não posso mais falar

com você.
Tentei lhe avisar, mas, as cartas também foram

descobertas.”

Depois, seus pais chegaram e mandaram colocar-me

pra fora do enorme castelo.
Eu tentei resistir, mas não consegui.

E eu tentava toda vez voltar, chamar-lhes a atenção,

mas nada acontecia.
Fingiam-se de cegos, sem coração, sem alma.
Eu não acredito nisso.
Sei que no fundo sabiam que o que sentíamos uma

pela outra era verdadeiro.

Quanto mais eu tentava, mais eu falhava.
Mais meses se passaram e soube que seus pais

receberam uma oferta para se mudar para um lugar

maior.
Não creio que necessitavam de um castelo maior, pois

se fosse, que comprassem o mundo para viver, se

bem que já o tinham.
Acredito que encontraram mais uma maneira de

afastar nós duas, e conseguiram.
Meu coração estava partido.
A pessoa que eu mais contava no mundo, que eu

mais amava, que eu mais precisava... Partiu pra longe

de mim.
Sem culpas, ressalto.
Se bem que, não posso mais tentar, não sou dona do

mundo, se ao menos tivesse dinheiro para viajar.
Meus pais tiraram-me tudo que eu tinha. Eu não tinha

nada, em todos os sentidos.
Com o tempo eu fui recuperando, mas algo que não

vou ter de volta... Ela.
Até seu coração, que agora, pudera ser de outro

qualquer, ou outra, mas que continua não sendo um

'eu'.


Eu tentei.
[...]

domingo, 8 de novembro de 2009

O 'após'.

Eu temia.
Eu era insegura demais e talvez por isso tenha acontecido o que eu mais temia.
Aliás, eu já sabia.
Bem, ela me trocou por outra, por sua nova amizade, agora, sua nova namorada.
Isso doeu no fundo, mas bem no fundo, de meu coração.
Anyways.

Meses depois de acabar...

Estávamos numa festa, numa espécie de farol.
Não sei explicar exatamente, mas enfim.
Quando cheguei lá, ela estava lá com sua nova namorada.
Eu estava vestida com um terno preto, gravata borboleta, calça jeans skinny preta e all-star.
É.
Ela estava com um vestido tomara que caia preto.
Ela estava linda, como sempre foi.
Ela veio até mim, junto com a namorada dela, e me cumprimentou:

Eu: Olá. – sorri.
Ex-namorada: Olá! – Manteve o sorriso que havia em sua boca.
Cumprimentei a sua namorada e depois perguntei se estava tudo bem com minha ex-namorada.
Ela disse que sim, e me perguntou o mesmo, e o mesmo eu respondi.
Ora... Pois bem. Se eu já não posso mais dar felicidade pra ela, ao menos, dou a liberdade pra ela ser feliz.
Se a nova namorada dela pode dar isso a ela, que seja sim, mesmo que ela seja o que eu sempre quis.
Eu já estava me acostumando com tudo. Meses haviam se passado, já estava na hora mesmo.
Eu peguei uma taça de champagne e sentei na plataforma.
Fiquei pensando, pensando...
Olhava para o oceano e perguntava-me sobre o que eu iria fazer.
Fiquei minutos ali.
Peguei algumas pedras e fiquei tacando na água.
Ela veio e sentou do meu lado, sorrindo, um sorriso suave, calmo, uma das essências que me fascinavam nela.
Eu olhei pra ela, e coloquei um pequeno sorriso em minha boca e lhe disse:
“Eu acabei de inventar algo!”
Ela: O quê? – Manteve o sorriso
Eu: Vou tacar essas pedras na água e farei um desejo. Não sei se isso funciona, mas irei tentar! Mas tem que ter algo a mais...
Ela sorri e diz: E o que seria algo a mais...?
Eu: Só pode ser à... Meia noite em ponto e sem mais! E sim, se você quiser jogar mais de uma pedrinha e ainda for meia noite vale.
Só não vale antes ou depois da meia noite, ok?!
Ela riu e disse: Ok, ok! Vou desejar algo, posso?
Eu: Claro, little girl!
Ela pegou a pedra tocando minhas mãos e eu senti algo, mas foi rápido e ela nem notou, ainda bem.
Ela fechou os olhos, pensou e tocou a pedra na água.
E disse:
“Pronto”.
Eu sorri e disse:
“Agora é minha vez!”
Eu fechei os olhos e desejei... Desejei tê-la ou achar logo um novo caminho para seguir em frente.
“Pronto!”, eu disse.
Ela sorriu e perguntou-me:
“O que desejou?”
O sorriso que havia em minha boca desaparecia em segundos.
Ela ficou séria de repente. Eu olhei para baixo e, sua namorada a chamou.
Eu a vi indo até sua nova namorada, e em seguida olhei em direção ao oceano e imaginei eu me jogando dali, ou se não, correndo dali e indo em direção ao pico montanhoso mais próximo que ali havia.
Foi meio real, esse pensamento.
Mas, logo eu meio que acordei.
Peguei a taça vazia e fui em direção à praia, deitei em uma das pedras e fiquei chorando, olhando para as estrelas, segurando aquela taça.
Eu precisava chorar.
Eu fechava os olhos, perguntava-me coisas, via um futuro para mim, um futuro sem ela, o que piorava, mas era a verdade. Essa verdade dói, mas preferia ela a me iludir.
Eu estava vendo aquele céu repleto de estrelas, aquele imenso escuro... Eu adorava aquilo, é...
De repente ela chegou do meu lado, com uma expressão séria e perguntou-me se estava tudo bem.
E eu pensei:
“MAS É CLARO QUE NÃO, EU TE AMO, LHE PERDI, NÃO SERVE?”
E disse-lhe:
“Sabe, todas aquelas estrelas juntas, uma perto da outra, e aquela ali se sentindo sozinha, longe de todas as outras...
Ela se sente tão sozinha, mas ela tem esperanças de que um dia sua solidão há de acabar.
Ela só quer encontrar um caminho em que ela possa tentar. Tentar encontrar algo que afaste a solidão ou apenas a conforte. “
Ela ficou muda e manteve sua expressão séria.
Eu sorri olhando pra baixo e mexi na taça.
Logo ela disse:
“Eu não queria lhe machucar.”
Dessa vez, eu fiquei muda.
Neguei balançando a cabeça e levantei-me.
Fui andando em direção ao caminho para pegar a estrada.
Ela perguntou:
“Onde você vai?”
Eu virei lentamente pra ela.
Eu: Vou achar o MEU caminho.
Ela olhou para baixo.
E em seguida olhou pra mim novamente.
Ela: Você vai embora? Digo... “Pra sempre”?
Eu: Se no meu caminho, na minha estrada, tiver um caminho pra voltar, eu irei voltar, caso contrário, eu irei continuar seguindo esse meu caminho.
E me virei novamente e fui.
Ela disse:
“Eu queria poder ser tua amiga.”
Eu: Eu queria poder ser quem lhe faz feliz.
E dessa vez, fui embora dali.
Fiquei andando naquela estrada, a vista do mar me comovia, as estrelas, ah...
E o passado era passado, agora.
Meu presente era seguir a estrada, encontrar, descobrir, conhecer, coisas ao decorrer do caminho.
Tudo isso foi forte, mas eu ainda estou aqui de pé, recomeçando, não do zero, mas recomeçando de onde parei.
Novo cheiro, novos passos, novas pessoas, um novo eu com traços dela e de todo o passado que ainda mantinha em mim, no qual é impossível de se apagar, pois, além de aprender, os traços também são uma das... “recompensas”
Que tudo isso deixa pra nós.
Eu espero que eu seja feliz, sei que vou, um dia, eu sei que vou.
E desejo o mesmo a ela.
Eu te amo, mas terei que ir embora, agora é minha vez, chegou a minha hora.
Hora de seguir em frente.

sábado, 7 de novembro de 2009

The Truth Is...

As pessoas poderiam contentar-se com o que elas tem.
Poderiam contentar-se com um só coração.
Poderiam descomplicar ao invés de criar ou aumentar uma confusão.
Poderiam olhar para si mesmos antes de olhar para qualquer outro ser.
Poderiam pensar antes de dizer.
E poderiam falar a verdade, por mais que doa, do que mentir e no final piorar, fazendo assim, com que a mentira seja muito pior que a verdade.
Poderiam amenizar a dor de um coração, ao invés de machucá-lo ainda mais.
Elas podem, porém, não querem.


É, é a vida.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Wish

Para ela eu era a garota nova da cidade, da escola e de seu mundo.
Bem, a verdade é que só agora ela me notara.
Percebi que de agora em diante ela sempre me observa.
Esses dias ela havia sorrido para mim. Bem, eu fiquei muito animada por dentro, como se estivesse sendo correspondida pelos milhões e milhões de sorrisos que eu já dei à ela sem nenhuma "resposta".
Oh, eu estava sentada no gramado do colégio e quando menos esperei, ela apareceu ao meu lado e me perguntou como eu estava.
As palavras fugiram na hora, eu mal conseguia pensar, até que eu disse que sim, eu estava bem, e ainda perguntei como ela estava.
Ela falou que não, não estava bem.
De repente o espanto tomou conta de mim. E então, logo perguntei o porquê.
Ela contou-me que estava completamente apaixonada por alguém, que não pára de pensar nesse alguém.
Eu, toda esperançosa, perguntei "Quem?".
Ela disse que era um garoto, novo no colégio.
Eu fiquei de estômago embrulhado, praticamente.
Um mal-estar tomou conta de mim, e tentei não mostrar isso à ela, por mais que fosse difícil, eu consegui.
Ela ia falar algo, mas, bateu o sinal, e foi tudo muito rápido, ainda bem.
Pois se não, ela iria notar meu silêncio e minha tristeza.
Então, foi um alívio ouvir o sinal.
Fiquei a aula inteira com isso na cabeça, perguntando-me coisas como:

"Será que depois de tanto, mas tanto, tempo, ela ainda não percebe?"
"Será que eu realmente não vou ser correspondida nunca, por ela?"
"Por que aqueles sorrisos para mim?"

Saí muito raivosa do colégio, e acabei chamando à atenção de todos.
Quando realmente havia saído de dentro do colégio, ela aparece do nada, prensando-me contra a parede, perguntando-me se havia acontecido algo.
Eu estava tão cheia daquilo tudo, com raiva, desanimo, tristeza e raiva, novamente, que acabei beijando-a com voracidade.
Eu não conseguia mais controlar à mim.
De repente, mas tão de repente, eu parei.
Pensei:

"O que estou fazendo?!"

Pedi desculpas.
Ela me disse:

"Não, não, não! Eu não aguento mais esconder!
Não existe garoto algum, ao menos em meu coração não.
Quem eu quero esse tempo todo... É você, você, você!"

E ela, dessa vez, beijou-me com voracidade, prensando-me, novamente, contra a parede.

Depois disso, ela em minhas mãos e me guiou para seu lugar favorito, onde ela passava o tempo, mas nunca havia levado alguém.
Seria eu a exceção?

Era um enorme pico montanhoso, à frente havia um mar, uma altura e tanto!

Já de noite...
Deitei alí, e olhei para lua, enquanto ela estava sentada, ao meu lado.
Quando vejo, ela deita em mim, olha pra lua e segura as minhas mãos.
Eu não poderia estar mais feliz!
Então, ela me beijou, e disse algo que me deixou mais surpresa ainda:

"Eu te amo!"

E abaixou sua cabeça, como se fosse algo ruim.
Eu levantei sua cabeça, pegando-a pelo queixo e lhe disse:

"Eu também te amo!"

Eu só poderia estar sonhando!
Não.

Ela estava com frio, tirei minha camiseta e coloquei nela.
Ela olhou séria pra mim, abraçou-me, e dormimos juntas alí.

Quando acordei, não à vi mais.
Fui ao colégio e disseram-me que ela teve que se mudar, mas deixou seu novo endereço para envio de cartas.

Parece que meu mundo havia desabado em mim.
Eu... Não sei... Mas, ah...
A partir daquela noite, eu não à queria mais longe de mim.

E o que aconteceu depois?
Eu estou aqui, enviando minha primeira carta à ela, esperando que tudo fique bem.