sexta-feira, 18 de junho de 2010

Threw It All Away

E ela jogou tudo fora, um amor, uma pessoa, sentimentos, por fim... Uma das coisas mais verdadeiras e, mesmo que ela não soubesse exatamente disso, uma das coisas mais valiosas para ela. Quem era ela? Lisa. Quem ela jogou fora? Nicole.

Bem, meses se passaram e Nicole continuava a amar Lisa, estava sempre ali para ela, fazia o papel de idiota, e muitas vezes chegou até se machucar novamente. E Lisa sempre se aproveitava disso, Lisa mal tinha noção de seus atos, em certos momentos. Falava besteiras, às vezes, e Nicole ainda tinha uma maldita esperança... De quê?! De que voltassem novamente?! Sim! Depois de tudo?! Sim! E Lisa não tinha noção, achava, também de certa forma, que Nicole sempre estaria ali, e até então sempre esteve. E assim, mesmo que estragasse com tudo, sabia que no fundo Nicole estaria ali, no fim de tudo.

Mas pois é, Lisa... Isso mudou.

Nicole, após se machucar demais e não aguentar carregar consigo tanta dor, sofrimento e tanto amor, optou por sumir, deixar tudo. Falava com alguns amigos, contava como andava os estudos e evitava falar sobre como estava e se insistiam ou coisa do tipo; dizia que estava tudo bem.
Mas, é, não foi fácil, e não estava tudo bem.

Dias se passaram... Meses se passaram... Lisa se perguntava por onde andava Nicole. O que tinha acontecido? Teria Nicole feito uma besteira?

Três semanas depois, Lisa fica apavorada, nunca mais a viu, e os amigos de Nicole não falavam nada sobre ela, tampouco sabiam dela, e Lisa tampouco os procurava.

Nicole finalmente voltara. Saudades e mais saudades, de tudo, de todos, mas não se arrependera. Quando reencontra com Lisa, dá um simples olá, educamente. Lisa desesperada e aliviada, ao mesmo tempo, a abraça forte, muito forte. Envergonhada, Nicole dá um "sorriso amarelo". Lisa, então, pergunta onde ela esteve, diz que estava preocupada... Nicole diz que simplesmente precisava dar um jeito em algumas coisas.

Lisa, então, sente uma enorme vontade de abraçá-la novamente, e de beijá-la. Quando Lisa se aproxima, uma voz muito calma e doce chama Nicole. E então, Nicole diz:

N: Lisa, quero te apresentar para uma pessoa.
L: Ok.

E então, a dona da voz calma e doce se aproxima.

N: Lisa, esta é Anna. Minha namorada.

Sim, sim, e sim!

Lisa fica completamente sem reação, em choque. E o resto? Bem... Lisa guarda, agora, consigo, arrependimentos e mais arrependimentos.






sexta-feira, 11 de junho de 2010

De mim para mim.

Há quase seis meses estou morta.
Sim, isso mesmo.

Primeiro, fui me perdendo diante de meus pensamentos, decepções, brigas, tristeza, términos, idas sem voltas, dor, pressão, e coisas do tipo.

Como?

Me perguntei demais o porquê de tudo acima. Quando deixei, ou ao menos tentei deixar pra lá, de algum jeito ou de outro, voltava automáticamente. Afinal, é muita coisa, não? Estava por toda parte, querendo ou não. E então, comecei a me perder. Não sabia o que fazer.

Segundo, meus amigos. Sim, fui os perdendo, de qualquer forma, eu precisava de tempo, parei de aparecer, é, sumi um pouco, mas ainda tinha as mensagens, então não foi por completo.

Ah! Porque eu fiz isso...?

Simples. Eu tentava sorrir, tentava me animar, tentava me distrair, tentava. Mas tinha dias em que não consegui sorrir. Por fim, fiz papel de chata. Eu acabava sendo uma estraga prazeres, um poço de dor e tristeza... Como nada estava me fazendo sorrir, comecei a pensar em me deixar de lado, a sumir um pouco até que isso passasse. Hahaha, "passasse". Até agora não passou. Enfim, como eu não conseguia mais sorrir, e meu humor ficava cada vez pior, me tornava fria e morria lentamente, optei por, realmente, sumir. Sem contar que era meio contagioso, sabe?! As pessoas tentando te fazer sorrir e não obterem sucesso, ou talvez elas simplesmente não tentaram realmente, ou não se importavam muito. Bem, eu precisava, não?


Terceiro, me tornava um monstrinho. Mau humor, frieza, e um pouco de solidão. Sarcasmo também. Confesso que uma parte de mim estava consciênte e se chocava ao ver esse outro lado.
Eu tentava, mas, adivinha?! Sim, era automático.

Por quê?

Não sei. Bem, deve ter sido o processo de morte ganhando mais velocidade, certo?! Mas eu tentei, saiba disso. Chegou ao limite, cheguei ao meu limite.


Quarto, a pressão da escola, a decepção do passado presente no meu futuro, pessoas novas, drogas (não, eu não usei, mas alguns amigos sim), as pessoas ao meu redor que só querem sair e ir para festas... Eu praticamente era/sou a diferente. Comecei a chorar pelas pessoas. O que elas estavam fazendo com suas vidas?! Eu simplesmente, SEMPRE, me importei demais com os outros, e NUNCA liguei muito pra mim.


Mas você deveria ser forte. Não?

Pense bem, você realmente iria 'ser forte' com tudo isso? Não é fácil, pode até não ser impossível, mas é quase. E mesmo assim, requer muito esforço, e todas as minhas forças já estavam sendo levadas pela morte.


Quinto, a própria morte. Nessa semana (mês de junho) foi uma semana chocante, para mim. Eu simplesmente não conseguia fazer nada. Passavam-se dias e eu não conseguia cantar (sim, eu canto, haha), não conseguia tocar guitarra, não conseguia estudar, não conseguia levantar da cama, da cadeira, não conseguia sair da frente do computador - sendo que eu não estava fazendo nada, nele. - Por fim, eu estava me estranhando, eu sempre fui acostumada a me sentir triste e um pouco morta, mas não totalmente morta. Amo música, mas até isso... É, eu não conseguia mais escutar música, nem as tristes. Sinto vontade de chorar, de dormir e de não sair mais da cama. Mal consigo ficar de pé. Resumindo: Estou TOTALMENTE fraca. E hoje descobri que estou morta, que não vivo há quase seis meses e que tentei, me perguntei... Mas estou aqui.
Morta, num corpo no qual o coração ainda bate, no qual o sangue ainda pulsa nas veias, porém, no qual está completamente vazio, e sem uma alma viva.

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