O tempo vai passando, a dor vai se calando.
Aquela dor que gritava e dava um jeito de ser notada.
Hoje acordei me sentindo mal. Já não me bastasse a realidade - que está um pouco difícil -, tenho de, ainda, ter pesadelos com... a própria realidade!
A chuva estava forte... Um temporal. Eu estaria feliz, caso não tivesse de sair dali, da minha aconchegante cama. Não estava tão frio, nem tão calor... Mas o pesadelo me deixou tão atordoada que comecei a sentir calor, falta de ar e rolava para um lado e para o outro, enquanto deitada.
Eu havia dormido pouco. Quase três horas de sono!
Foi muito estranho. Eu gostei da sensação, por outro lado. É uma pena eu ter levantado tão cedo.
A chuva sempre me acalmou...
Venho escrevendo canções e poesias, enquanto em meu peito cicatriza mais uma ferida. Tenho tantas! Elas, hoje, saram mais rápido. Ainda bem...
Ainda bem que cresci, que mudei... Ah, eu gosto de mudar! Às vezes faz um bem danado!
Às vezes a gente se perde, mas depois se acha... Leva algum tempo.
Por falar em tempo, tenho parado para pensar nessa história de amor. Dor. Amor.
E aquela sensação estranha, quando a dor se vai por completo? Parece que a gente começa a deixar ela vivendo dentro da gente, a gente vai acostumando-a e ela vai morando dentro do nosso peito. Até que um dia ela morre de uma vez. Vai, dor... Vai-te embora!
O importante é manter tua essência, teus valores, e as mágoas... Deixe ir com as dores.
Quando passa até o ruim torna-se bom, torna-se... vida. Faz parte.
E meu coração que bate quieto - recuperando-se -, vai levando, assim como eu, as coisas, a vida, as dores, os amores...
Está tudo aqui dentro. Mas, ah... Quando passa!
Um dia você acorda - pra vida -, decide dar um passo adiante, a dor se vai, um novo capítulo da sua história começa.
Quando esse dia chega - sempre chega um dia - você vai entender que, por mais que haja tanta dor, haverá um outro amor que possa te curar, mas não é apenas assim... Você também precisa de você.
Quando esse dia chegar... Dê - por favor - uma chance para o viver.