quarta-feira, 19 de maio de 2010

Why.

O que aconteceu durante todo esse tempo? Muitas mudanças.

Eu mal me reconheço. Uma alma perdida, em busca de alguém.

Alguém? Alguém...

Alguém que entenda, realmente, o que se passa aqui dentro, alguém que sabe que não é fácil, mas que me prove que não é impossível.

A: Você está sozinha?

B: Não...

A: Sente-se só?

B: A maior parte do tempo...

A: É ruim?

B: Às vezes.

A: Acha que continuará assim?

B: Não sei. Aliás, não sei de mais nada.

A: E o vazio? Você o sente?

B: Não...

A: Como não?

B: Toda manhã, quando acordo, o sangue do amor que sinto por alguém, por algo que já “acabou”, pulsa em minhas veias, e me mostra que não estou vazia, pelo contrário, que estou cheia, cheia de amor... E o pior de tudo é que toda manhã, quando acordo, eu vejo que ele foi jogado fora, vejo que algo tão bonito, simples e verdadeiro simplesmente foi jogado fora. E, claro... Sempre pergunto-me “por quê?”.

A: ...

B: É...

terça-feira, 11 de maio de 2010

We fall down.

Oh, querida, eu não suporto mais.
Todos esses meses têm sido como anos, para mim.
Você não andou se perguntando a mesma coisa? "Por quê?"
Aqui estou eu, morta por dentro, como se tudo fosse óbvio demais, e não: sem sentido.
Porque esse é o óbvio... Eu preciso de você aqui.
Isso parece mais uma frase de quem não superou um término... Não é verdade.
Eu preciso de você porque te amo, porque ambas sabemos que antes de você meu mundo era assim como era agora. Sem nada. Tantos dias se passaram... Perguntei-me tantas vezes;

"Por quê?" "Por que uma das coisas mais importantes na minha vida tem que simplesmente... ir embora?" Eu não poderia, e não consegui, lhe deixar ir. Mas, querida... Eu segui em frente, eu aceitei, eu me acostumei, eu continuei...

E voltei a aquela velha rotina de perguntar-me o que tanto faltava na minha vida.
Dias e dias se passaram, e esses meses todos se passaram...
Ah, o que restou foi a amizade, ao menos algo salvo nessa história além das memórias.
Quer dizer... Demorou para que isto fosse realmente salvo. As brigas, os caminhos a seguir, a confusão em saber o que realmente havia acontecido para que tudo isso tivesse um ponto final...
Depois do ponto final, houveram vários dias, várias interrogações, várias reticências.

"(...)"

Eu optei por paz, por seguir e deixar as memórias em paz. Optei por não alimentar mais o mal que tudo isso me causava. Eu optei por... seguir. E ainda não dar tanta importância ao passado.

Pois bem, e nisso, a rotina de perguntar-me o que faltava na minha vida continuava, como sempre. Até que vejo-lhe.

Opa... Lá estava você! Não nego ter ficado feliz, e que meu coração - já fraco - ainda batera, com a força que nele ainda restava, por ti. Só que ele já batia mais lento, já batia mais sem esperanças.
Afinal, eu optei por seguir em frente, certo? Então tive de "acostumá-lo" com a 'desesperança'.
Tivemos o final de semana inteiro pela frente para... Oh, eu não sei... Conversarmos. (?)
Bem, há tempos que eu não ria daquele jeito, há tempos que não me sentia tão, mas TÃO bem quanto me senti naquele dia. Todos percebiam que eu estava animada, sim.

Segunda-feira se aproximava, meu coração ficava cada vez mais apertado. Ora, você tinha que partir... Eu só não conseguia deixar. Eu não queria. A despedida foi algo... bobo. Praticamente, duas bobas. Era tão óbvio o que sentiamos uma pela outra. Eu ficava sorrindo, sorrindo porque era óbvio demais. Mas, era tão bom... E tão ruim, por causa de sua partida.

Você se foi. Ainda me restava o finalzinho da noite do meu domingo. Segunda-feira chegava...
Eu sorria porque simplesmente tinha acontecido, porque há meses eu não sorria assim, eu não me sentia tão bem, e isso desde quando nosso amor foi chegando ao fim, meu amor. Você consegue imaginar?

Fui dormir ótima, estava dopada de felicidade.

Saudade, saudade, saudade.

Quando acordei senti algo faltando. Como se eu tivesse perdido algo e tinha que, claro, procurar.
Foi aí que comecei a me perguntar, querida... A resposta, nesse tempo todo, era você.

"Como pode?" - Eu pensei.

Como pode você simplesmente ser a peça que sempre faltou aqui?
Querida, isso não é justo comigo. Teve um ponto final... como pode?
Restaram-me reticências.

Eu comecei a pensar e pensar... Será mesmo essa a resposta?
E no outro dia tive a prova.
Lá estava eu, morta novamente...

Como pode, querida?


...